Abril

A preocupação com o prazo de entrega e de defesa do projeto de dissertação é o assunto do momento entre meus colegas. O resultado é um estado profundo de ansiedade que vem acompanhado de insônia, dor aqui, dor ali, enfim, cada um responde de uma maneira a esse estado emocional e ao calendário que parece nos perseguir, ou correr à nossa frente, dizendo: 'alcança-me se puderes...'
Estou em Curitiba desde segunda-feira e aqui a produtividade, para mim, é bem melhor. O clima é propício - temperatura amena, sala silenciosa e dedicação integral, o que fica difícil quando se está em casa. Aqui também fico mais disciplinada. Hoje cheguei aqui na UFPR às 6h45, o horário que normalmente eu me levanto, quando estou em casa!
Minha produção está a mil. Conversei ontem com a minha orientadora que ficou bem contente com o fato de que a minha fundamentação teórica está bem completa e só terá alterações para a versão final da dissertação se os professores da banca considerarem necessário acrescentar alguma coisa.
A princípio, minha meta é entregar a versão completa na próxima semana para que ela faça uma revisão e depois das correções sugeridas, protocolar o projeto na secretaria e agendar a defesa.
Como dizia um colega de trabalho: abril, "vem ni mim!!"

Acorda menina!

Minha colega Susi me mandou uma mensagem esse fim de semana me perguntando sobre o prazo de entrega do projeto para que a apresentação (defesa) à banca seja em abril. Caramba! Eu estava trabalhando convicta de que iria defender meu projeto em abril, porém tinha ignorado completamente esse detalhe. É preciso protocolar o projeto com certa antecedência pra que os professores da banca possam fazer a sua leitura. Não tenho certeza do prazo, como respondi à Susi, mas deve ser de pelo menos 15 dias. Ou seja, temos pouquíssimo tempo....
Amanhã vou para Curitiba e devo ficar uns dias por lá. Além de querer acelerar esse processo, tenho reunião de Colegiado e outros compromissos ...
Embora, arrumar a mala!

Cuidado com o plágio!

Uma preocupação grande, quando se está escrevendo um texto científico, é a possibilidade de incorrer ou de ser acusado de plágio. O André Porto publicou um post muito interessante no blog dele. Aproveito para reproduzir aqui um vídeo muito divertido e educativo de uma universidade da Noruega.

Produtividade

Desde que comecei a escrever meu projeto de dissertação, em dezembro, não produzi tanto quanto essa semana! Pena é que percebemos que o tempo nunca será suficiente para ler tudo que queremos e que precisamos. É quase como uma corrente: você lê uma dissertação, que cita diversos autores. Você busca os trabalhos referenciados e surgem outros que lhe aguçam a curiosidade...
E aí começam também os problemas: bases de dados restritas, artigos anteriores a 1990 dificilmente encontrados com texto integral na internet, não se pode/deve colocar apud nas dissertações e por aí vai...
Aliás, uma pergunta que me faço diariamente: como é que as pessoas faziam mestrado/doutorado antes de existir a internet??? Quanto tempo perdiam esperando as cópias dos artigos por sistemas de comutação entre bibliotecas? E com a datilografia do trabalho?
Nosso fácil acesso à tecnologia nos traz compromissos intrínsecos: alta produtividade e qualidade em nossos trabalhos!

Contribuições

No post sobre "Referencial Teórico", do dia 12 de março, rolou uma discussão proveitosa sobre os artigos, periódicos e sua classificação Qualis.
Nosso colega Ronei sugeriu um texto do Blog do André Porto muito interessante que aproveito também para recomendar: http://metodologiaci.blogspot.com/2011/02/sera-que-o-web-qualis-e-o-melhor.html
Na oportunidade também fiquei sabendo do Blog do Ronei e compartilho com meus seguidores:
http://admeorg.wordpress.com/
Aliás, Ronei, já acho difícil fazer um blog do tipo diário, mais emocional, como o meu,  imagina conduzir um  acadêmico e profundo como o seu. Parabéns! E agradeço as contribuições.

Agenda do dia: escrever, escrever, escrever...

Fluindo bem

Depois que consegui a confirmação de duas empresas para a aplicação da minha pesquisa, meu projeto começou a fluir. Também pode ser um pouco o efeito "gradiente da meta" (já escrevi sobre isso antes...). De qualquer forma, com o prazo final para defesa do projeto chegando (29 de abril), uma nova tensão se aproxima e a disciplina continua sendo nossa maior aliada.
Continuo trabalhando no meu referencial teórico. Com a mudança do objeto de estudo (de varejo p/ serviços) e de algumas alterações decorrentes disso na variável dependente, precisei recomeçar alguns pontos da teoria.

"Eu ainda estou determinada a ser alegre e feliz; em qualquer situação eu posso ser, porque eu também aprendi com a experiência que a maior parte de nossa felicidade ou miséria depende da nossa disposição, e não de nossas circunstâncias."
Martha Washington

Comunidade científica

Depois de uma viagem rápida de 1h30min (contrariando todas as expectativas), já estou em Curitiba (nesse frio de 14 graus..brrrrr...). Hoje apresento pela segunda e última vez meu projeto na aula de "Seminários de Dissertação". É verdade que ainda tem muita coisa para ler, escrever e acertar, mas o essencial já está definido.
Quero aproveitar o dia também para tentar obter alguns artigos que não consegui acesso em caso. Aqui na Universidade fica mais fácil acessar alguns bancos de dados restritos. Se não conseguir, vou ter que entrar em contato com os autores. Já fiz isso algumas vezes e a maioria deles é bem atencioso, como o Dr. Jay Rao, da Universidade Babson (EUA), que me enviou um artigo ontem, domingo, 10 da manhã!
Certa vez, um doutor brasileiro me disse que os americanos são muito ocupados e que não respondem os emails de 'mestrandos brasileiros chatos'... Engana-se ele. Lá eles dão mais valor à comunidade científica, em qualquer nível, e mantém a ponta do nariz um pouquinho abaixo do horizonte...

Como escolher uma escala?

Passei o dia lendo artigos para poder responder essa pergunta. Enquanto se lê 4 ou 5 artigos explicando e validando uma escala, já aparecem mais 4 ou 5 textos que simplesmente "desmontam" os argumentos dos anteriores...

Preciso decidir isso logo, para melhor direcionar a minha fundamentação teórica!

Consegui!!

Minha reunião com o empresário foi excelente! Ele a-do-rou o projeto, abriu as portas da empresa dele e de uma outra do mesmo ramo que é de outra pessoa da família e, como se não bastasse, me indicou outras quatro empresas com os nomes dos respectivos gestores para que eu faça contato.
Agora não tem mais jeito. Vou esquecer qualquer ideia que me desvie do tema desse projeto. E vou ser feliz, vou sim!

Dia cheio... cheio de dúvidas!

Estou com a cabeça cheia de dúvidas e ... inseguranças (nunca fui insegura, gente!). Desde ontem estou cismada que meu projeto é fraco, que o tema é batido, que eu devia ter escolhido uma coisa mais moderna, mais atraente...

Tive uma conversa com a minha orientadora, via Skype, e ela me tranquilizou. Mostrou a relevância do trabalho, me provou que ele não é simples e que eu devia conversar com professores que escrevem sobre o assunto para ouvir deles a mesma coisa... De qualquer forma, ela me deixou à vontade para mudar de tema, se esse não estiver me motivando! Não sei se prefiro assim, uma orientadora compreensiva, ou se eu preferiria que ela dissesse: "esquece, menina!"...

De qualquer forma, continuo trabalhando nesse projeto. Passei o dia pesquisando mais artigos, teses e dissertações para complementar minha fundamentação teórica, já que  a mudança de objeto causou uma alteração na variável dependente. Encontrei 35 novas referências que foram lidas (de forma dinâmica, é claro...) e resumidas em um mapa de literatura. Amanhã vou ver se encontro mais algum material e voltar a escrever...

Além disso, tenho uma reunião com um empresário que pode me abrir as portas para  a aplicação da pesquisa. Queridos seguidores: cruzem os dedos!

Metas

Infelizmente não consegui postar ontem. Foram mais de 6 horas de viagem, para percorrer 180km. Acho que o Japão vai conseguir  resolver seus problemas com terremoto e tsunami mais rápido do que o Brasil vai levar para liberar duas rodovias interditadas por excesso de chuva... um absurdo...

Bom, sobre o meu projeto, ele está sofrendo algumas alterações em virtude da dificuldade com as empresas convidadas a participar da pesquisa. Algumas declinaram, a maioria nem responde nossas solicitações. Na 6a. feira tenho uma reunião que, espero, termine com esse sufoco.
Enquanto isso, continuo aprofundando a minha base teórica, conforme recomendou minha orientadora. Na 2a. feira, dia 21, preciso apresentar novamente meu projeto na aula de Seminários de Dissertação e se essa questão do objeto de estudo estiver resolvida, será melhor. Caso contrário, minha apresentação não vai alcançar o objetivo do professor, que é ver o projeto praticamente pronto.
Independente de qualquer coisa, minha meta é defender o projeto de dissertação em abril... falta pouco...

"Quanto mais um homem se aproxima de suas metas, tanto mais crescem as dificuldades."

Goethe

Dia intenso

Primeiro 3 horas e meia de viagem para chegar a Curitiba, desviando pela SC 301. Depois aula de Seminários de Dissertação. À tarde, reunião bem produtiva com a orientadora e depois participação no seminário de integração dos novos mestrandos e doutorandos.
Foi um dia cheio de emoções... e estou bem cansada agora. Amanhã conto mais sobre o meu projeto. Quando eu conseguir chegar em casa!

Referencial teórico

Outro dia conversando com o Juan, meu colega de mestrado, descobri que ele estava baseando a fundamentação teórica de sua pesquisa em bem menos artigos que eu. Concordei com ele que depois de um certo tempo de pesquisa sobre um tema, os pesquisadores acabam ficando repetitivos e apresentando resultados diferentes, mas com o mesmo embasamento.
Então decidi classificar os artigos, teses e dissertações que pesquisei com uma nota, de 1 a 10, representando a relevância para o meu trabalho. Foi um pouquinho trabalhoso, mas valeu a pena. E na verdade, o número de textos que realmente vale a pena ser usado é pequeno, como o do Juan.
O pior desse "repeteco" constante dos autores, e de cada um ficar citando uns aos outros, é que ficamos com poucas alternativas para trabalhar.
Passei parte do dia concentrada em um parágrafo da minha fundamentação que eu gostaria de ampliar, mas não encontrei um texto sequer que me ajudasse. Juntei algumas referências que vou levar para Curitiba para pesquisar dentro da Universidade, onde os acessos aos bancos de dados são mais abertos.
Isso se eu conseguir chegar em Curitiba... a BR que liga SC ao PR está interditada desde ontem por problemas com a chuva, que não pára por aqui.

Ai meu ombro...

Produção mínima hoje. Fiquei a tarde toda no Pronto Atendimento do meu convênio médico por conta daquela dor no ombro e nas costas que não me deixa. O diagnóstico eu já sabia: calcificação no ombro e redução de espaço entre algumas vértebras no pescoço.Causa?  Esforço repetitivo (quem foi o infeliz que inventou o mouse?) e má postura, além de sedentarismo.
Injeção, spray fitoterápico, repouso hoje para ver se amanhã volto 100%!!

Aflição geral

Minhas colegas de turma Luisa, Carol e Carla têm demonstrado pelas redes sociais uma grande aflição quanto ao ritmo (lento) de trabalho e aos resultados diários na produção de seus projetos de pesquisa. E comigo não é diferente...
Deve haver uma explicação 'científica' para essa inércia que nos acomete em alguns momentos. Em alguns dias temos bons resultados, bom volume de leitura, produção de um material consistente. Em outros, desatenção, atitudes depressivas e pessimistas, produção zero!
Precisamos pensar em todas as dificuldades que já passamos - a decisão de fazer o mestrado, o processo de seleção, o volume de leitura do primeiro ano, a produção dos seminários - e nos concentrar no objetivo final. Vamos pensar no funil da educação no Brasil, em quantos colegas seus lá do ensino médio ou da faculdade chegaram (ão) até aqui. A possibilidade de estar numa Federal, de ter uma bolsa... E para aqueles que acham que não devemos olhar "para baixo", então, vamos pensar em quanto a pesquisa e a educação precisa de nós.

Enfim, vamos levantar a poeira e seguir em frente! Se hoje está difícil produzir, planeje um dia melhor para amanhã!

A vida no planeta - eu tenho sim a ver com isso!

A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) lançou hoje, 4a. feira de Cinzas, a Campanha da Fraternidade 2011, que tem como tema "Fraternidade e a vida no Planeta - A criação geme em dores de parto". Neste ano, a campanha tem como objetivo "contribuir para a conscientização das comunidades cristãs e pessoas de boa vontade sobre a gravidade do aquecimento global e das mudanças climáticas, e motivá-las a participar dos debates e ações que visam enfrentar o problema e preservar as condições de vida no planeta".
O tema desse ano não diz respeito somente aos católicos. Diz respeito a cada um e a todos nós. Ao mesmo tempo que vemos uma certa "conscientização" sobre o assunto - todo mundo sabe da gravidade do assunto meio ambiente - percebe-se uma certa ignorância quando se trata de traduzir essa conscientização em ações mínimas em nossa vida diária.
A pergunta do dia é: o que cada um pode fazer para contribuir para a vida no planeta?
Como estudante, pesquisadora, profissional da educação que sou, não posso voltar as costas ao assunto. Por isso, nos próximos 40 dias (que separam o carnaval da Páscoa e que são o período forte da campanha da fraternidade) vou postar aqui ao lado algumas dicas de ações que qualquer pessoa pode e deve fazer para contribuir para um planeta mais vivo! ---->

Dia da Mulher

A matéria não é nova, mas traz boas notícias!

Clique para ler: Nós, Mulheres-Cientistas no Brasil, Caminhamos para a Igualdade

Feliz dia internacional da Mulher, queridas pesquisadoras!

Programa da 2a. feira de carnaval

Ler, ler, ler, ler, ler.....

Decisões

A produção de uma dissertação é um exercício constante de tomada de decisões. Você decide o tema que quer pesquisar, o problema que vai estudar, o objeto de estudo, o método e a epistemologia, a teoria que vai aplicar, os autores que deseja citar, o caminho que quer trilhar...
Depois de tudo decidido, ainda existe a possibilidade de uma ideia de um colega, uma intervenção do orientador, uma dificuldade no acesso ao objeto de estudo, enfim, de alguma coisa acontecer e vir novamente a necessidade de uma tomada de decisão. Mudar? Recomeçar? Redirecionar?
Sinto calafrios quando esse tipo de questão invade a minha consciência... Não são decisões simples! Suas consequências podem ser grandes e envolver uma incômoda necessidade de dar explicações, argumentar, defender razões.
Estou na eminência de tomar uma decisão importante: a dificuldade de encontrar empresas interessadas, ou pelo menos, abertas à pesquisa, pode me fazer trocar o objeto de estudo. A semana que vem será decisiva nesse ponto...
"A decisão carece dum espírito de mestre; e é incomparavelmente mais fácil atuar tal como se é, do que imitar aquilo que se não é." (Luís XIV de França)

Os males do Mestrado

Tendinite, dor nas costas, enfraquecimento da visão -  tudo por conta do esforço repetitivo.

Gastrite, insônia, ganho de peso (ou emagrecimento exagerado), bruxismo, torcicolo -  resultado da tensão e ansiedade excessivas.

Varizes, distúrbios gastrointestinais, dores musculares, torções - fruto do sedentarismo.

Amigos te mandando para o analista, família te chamando de CDF, companheiros pedindo tempo, divórcio...rsrsrs.

É gente, alguém discorda???

Você deve estar se perguntando: o que ela tem hoje? Eu respondo: uma noite mal dormida em razão de uma dor terrível no pescoço...
O dia vai ser longo...

Querido diário...

Bom, conforme prometi, esse meu segundo post de hoje é para comentar minha ida a Curitiba e o andamento do meu trabalho. Posso dizer que a segunda feira foi altamente produtiva. Assisti a apresentação dos colegas na disciplina de Seminários de Dissertação, almocei com eles, depois em um grupo pequeno fizemos algumas trocas de críticas e sugestões sobre os trabalhos uns dos outros. Essa é uma boa recomendação para todos os mestrandos - socializar o seu trabalho, discutir com outros colegas e com professores. Visões e percepções diferentes que podem enriquecer muito o seu trabalho!
Depois disso, assistimos uma defesa de dissertação (também é ótimo para aprender o que se faz e o que NÃO se faz...) e por fim, encontrei minha orientadora. Apresentei para ela as novidades, especialmente a escala de satisfação do consumidor voltada ao varejo que encontrei e os problemas em conseguir empresas dispostas a participarem da pesquisa. Ela me passou algumas orientações e aproveitamos uma visita do professor de Estatística para sanar algumas dúvidas minhas sobre o número de questionários a aplicar e os procedimentos estatísticos que vou usar.
Ontem e hoje retomei as leituras e consegui finalmente terminar o mapa de literatura que vai embasar a minha revisão teórica. É bem possível que mais adiante ainda tenha que buscar mais referências. O objetivo agora é reler os principais textos e retomar o processo de escrita do projeto.

Para as colegas que postaram sua ansiedade no Facebook hoje, uma imagem legal do http://www.posgraduando.com/.

Mestrado + outra atividade = possível?

Meu amigo Juan às vezes me cobra a ausência de postagens aqui no blog. É verdade que quem "inventa" de fazer um blog sobre qualquer assunto deve saber que seus seguidores/observadores esperam uma regularidade de postagens. Porém, quem é mestrando sabe que é quase impossível conciliar qualquer outra atividade com o mestrado sem prejuízos a uma ou a outra coisa, especialmente depois que começamos a produzir o projeto e a própria dissertação. Como para a maioria, inclusive para mim, o mestrado é prioridade, a outra atividade acaba ficando relegada a um segundo plano (inclusive nossas famílias, pobres famílias...).
Tenho grande preocupação com os colegas que continuam desenvolvendo alguma atividade profissional ou que possuem algum outro tipo de compromisso social como a participação em associações, clubes de serviço, igrejas, durante o mestrado. Não sei se "tiro o chapéu" para eles ou se fico mais preocupada com o resultado de suas pesquisas e de sua atuação em sala de aula, no caso de tornarem-se professores. Bom, cada um com sua consciência....
Quanto às minhas "ausências", tenho certeza que o Juan e outros colegas "anônimos" que visitam esse meu canto de lamentações e comemorações compreendem a situação. Em homenagem a vocês, mais tarde vou postar novamente contando como foi minha ida a Curitiba, encontro com a orientadora etc...